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Renomado economista internacional diz que Senai é um grande patrimônio brasileiro


 

Renomado economista internacional, Dani Rodrik destacou que o Senai é um grande patrimônio brasileiro. Defensor de políticas industriais, ele prega o abandono de subsídios a ‘campeões nacionais’ e foco em apoio a empresas médias e pequenas para gerar empregos no setor de serviços.


Em longa reportagem, o Estadão revela detalhes sobre Rodrik e suas defesas da ciência econômica.


O mantra do economista turco-americano Dani Rodrik é a palavra “depende”. Com essa resposta, ele quer dizer que não há um receituário único de crescimento econômico para os países. Rodrik tornou-se uma referência entre os economistas heterodoxos quando, ainda na década de 90, na contracorrente do pensamento dominante, passou a apontar problemas na globalização e nas políticas de desregulamentação e liberalização comercial e financeira, principalmente quando adotadas sem levar em conta seus impactos políticos e sociais e as particularidades de cada país.


Desde a crise financeira internacional de 2008 e suas consequências políticas no Ocidente, as críticas de Rodrik passaram a ser vistas como prescientes e influenciaram na revisão do Consenso de Washington e das políticas preconizadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) aos países em desenvolvimento. Com o governo Joe Biden, nos Estados Unidos, a visão de Rodrik, velho defensor de politicas industriais e de maior papel do Estado na reestruturação da economia, tornou-se definitivamente”mainstream”.


Importância do Senai no Brasil


Durante a entrevista, o economista falou sobre os desafios do Brasil em criar empregos bons, bem remunerados e favorecer a economia. Em repostas ele citou o Senai e o Sebrae como instituições que fortalecem o setor.


“O Brasil parte de algumas vantagens importantes. Tem uma rede de instituições como Senai e Sebrae que fornecem treinamento técnico e estimulam a produtividade em pequenos estabelecimentos. O país tem uma excelente tradição de empreendedorismo e um forte estabelecimento empresarial. Esses recursos poderiam ser reorientados e mobilizados para o tipo de inclusão produtiva que descrevi”, disse Rodrik.


Idagado sobre o processo de desindustrialização do país, a meta do governo atual em “reindustrialização” e se isso faz sentido, uma vez que o emprego na indústria cai mesmo em países como a Alemanha e a Coréia do Sul, ele é ponderado.


“Como mencionei anteriormente, a reindustrialização no sentido de aumentar a participação do emprego na indústria de maneira significativa e sustentada me parece muito difícil – se não impossível – especialmente em países ricos e de renda média. Então, sou cético de que a reindustrialização do emprego seja possível. No entanto, pode ser possível aumentar ou estabilizar a participação da produção industrial (em termos de valor agregado) no PIB para alcançar outros objetivos, como diversificação econômica, transição verde e inovação. Mas para criar uma economia verdadeiramente inclusiva, onde uma grande parcela da força de trabalho seja capaz de participar das oportunidades produtivas, os serviços precisarão ser nosso foco daqui para frente.”


Veja a matéria completa clicando aqui.

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