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MS é o estado da região Centro-Oeste com maior crescimento no número de casos de câncer de próstata


Mato Grosso do Sil é o segundo estado na região Centro-Oeste do País com mais casos de câncer de próstata diagnosticados ao longo dos oito primeiro meses de 2023. A informação consta em um levantamento produzido pelo Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR), com base nos dados do Datasus, do Ministério da Saúde, que foi divulgado neste mês de novembro, marcado pela campanha de prevenção à doença.


Conforme os números reais, entre janeiro a agosto deste ano o estado somou 360 casos confirmados, ficando atrás somente de Goiás, com 482 exames positivos. Em todo o ano passado, Mato Grosso do Sul registrou 693 casos da doença enquanto que os goiânos somaram 1.104.


Já quando se compara o crescimento de casos de câncer de próstata, especificamente entre os anos de 2021 e 2022, Mato Grosso do Sul aparece em primeiro lugar entre os três estados do Centro-Oeste mais o Distrito Federal, com alta de 27,3%. Aliás, desde 2020 o número de pacientes com a doença vem aumentando significativamente no estado (503, em 2020; 544, em 2021; e 693, em 2022).


Já as estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam que o Brasil registrará 71.740 casos novos a cada ano deste triênio (2023-2025), um aumento de 8,5% em relação a estimativa anterior (2020-2022), que era de 65.840 casos anuais. No País, os tumores malignos de próstata respondem por 3 em cada 10 casos de câncer diagnosticados nos homens.


Câncer de Próstata

O câncer de próstata, embora seja uma doença que na maioria dos casos seja de crescimento lento, é o tumor maligno mais comum entre os homens e com alta taxa de mortalidade. Se medidas mais efetivas de rastreamento populacional de câncer de próstata não forem adotadas, poderá haver o dobro de casos e mortes anuais pela doença em 2040.


A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que os homens a partir de 50 anos procurem um profissional especializado para avaliação individualizada. Aqueles da raça negra ou com parentes de primeiro grau com câncer de próstata devem começar aos 45 anos.


“Os homens são mais resistentes a cuidar da saúde. Infelizmente, é uma questão cultura, na qual muitos não aceitam estar em qualquer condição que eles julguem ser de vulnerabilidade. Isso fecha janelas de oportunidade para prevenção e para um potencial diagnóstico mais precoce. Precisamos dar este toque nos homens”, alerta o urologista e cirurgião oncológico Gustavo Cardoso Guimarães, diretor do Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR) e coordenador dos departamentos cirúrgicos oncológicos da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.


Sobre o tratamento do câncer, o diretor cita que é feita caso a caso, levando em conta variáveis como idade, tipo do câncer, estágio, estadiamento, estado clínico e emocional do paciente e possíveis efeitos colaterais associados ao tratamento. “Munidos dessas informações, podemos oferecer uma abordagem personalizada, baseada em evidências científicas, beneficiando cada paciente de forma assertiva”, explicou.


Ainda segundo Gustavo Guimarães, as abordagens podem ser cirúrgicas, com destaque para a robótica; assim como por ultrassom de alta frequência, hormonioterapia, radioterapia, crioterapia, protonterapia e quimioterapia. “Há casos também em que a doença é indolente a tal ponto de optarmos por não tratar. Mantemos assim uma vigilância ativa, só optando pela terapia caso a doença evolua”, destacou.


PRINCIPAIS TOQUES PARA OS HOMENS

  • Passe em consulta com o urologista uma vez ao ano

  • Se você já tem 45 anos de idade ou mais, faça o exame de toque retal e de sague PSA para a prevenção do câncer de próstata

  • Tenha uma alimentação equilibrada todos os dias

  • Faça a atividade física regularmente

  • Não fume

  • Use preservativo na relação sexual

  • Bebida alcoólica só com moderação

  • Fique alerta aos sinais do seu corpo

  • Mantenha o peso adequado

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