Morador ilustre do CLC (Circuito de Laço Comprido), o cantor, violeiro e compositor João Carreiro, que nos deixou em janeiro deste ano, chegou lá despretensiosamente. Segundo a esposa Francine Caroline, ele foi ao local gravar um DVD, quando descobriu que havia casas, chamadas de “rancho”, nas proximidades. Ali escolheu para ser sua morada, vivendo momentos felizes ao lado da família e agora também palco para homenagens ao artista.
Ainda em esboço, a estátua vai mostrar João carregando a viola, usando o chapéu e o cinto afivelado característicos. Segundo o diretor do CLC, Abeldes Junior, conhecido como Pitiço, será um projeto semelhante ao Jeromão, o monumento do peão, existente em Barretos (SP).
“O CLC recebeu esta família maravilhosa, que sempre nos deu a honra de estar ali. E aí tivemos a perda deste grande amigo, uma pessoa que posso dizer que era de casa, já que convivemos durante muito tempo. O João era uma pessoa maravilhosa, ilustre, conhecida a nível Brasil e que defendia a bandeira da viola caipira. E, mediante a tudo, o CLC e amigos se juntaram para fazer uma homenagem ao nosso amigo que nunca vai deixar de existir e a obra dele ultrapassa gerações”, afirmou Abeldes.
A intenção, segundo Pitiço, é eternizar a obra do artista. “Nós procuramos o grande artista Juvenal Irene, que construiu a estátua de Barretos, uma pessoa renomada e reconhecida internacionalmente, que virá a Campo Grande para prestar esta homenagem. Também, neste evento da inauguração da estátua, faremos um tributo e uma homenagem ao João Carreiro. Vamos eternizar esse mito, com o lema: A viola nunca vai morrer”, disse.
Responsável pela gestão empresarial da carreira do João Carreiro, Henrique Borges, disse que a ideia da comitiva começou a se desenvolver, contando com o apoio da esposa do cantor. “O projeto terá participação de artistas nacionais, que são amigos próximos dele. O projeto vai contar com músicas inéditas, que seriam os próximos trabalhos deles, nas vozes destes convidados. A ideia é gravar áudio e vídeo disto e continuar o legado do João e da viola caipira dele”, ressaltou.
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