A possibilidade de Eduardo Riedel (PSDB) e Reinaldo Azambuja (PSDB) trocarem o ameaçado PSDB por outro partido deve render frutos ao Partido Progressista, fortalecido pela liderança de Tereza Cristina em Mato Grosso do Sul.
Reinaldo e Riedel ainda aguardam decisões do PSDB, que avalia a possibilidade de uma fusão até com o MDB, o que daria tempo na propaganda e um fundo partidário maior a sigla, que hoje ocupa apenas a décima posição no País.
Quando conversou com Jair Bolsonaro, Reinaldo Azambuja prometeu tomar conta do Partido Liberal, o que convenceu o ex-presidente inclusive a apoiar Beto Pereira (PSDB) na disputa pela Prefeitura de Campo Grande.
Inicialmente, Azambuja se filiaria ao PL, para ser o candidato do partido ao Senado. Porém, já há quem diga, dentro do PSDB, que ele não se filiará ao partido de Bolsonaro, pelo menos por enquanto.
Divisão
O PSDB tem três deputados federais, seis estaduais e 44 prefeitos, o que faria qualquer novo partido se tornar o maior do Estado, em caso de transferência em massa. Todavia, há quem aposte em uma divisão dos “afilhados”, com muita gente aproveitando o momento para se aliar a Tereza Cristina.
A reportagem apurou que um grupo de prefeitos aguarda a definição de Riedel e Reinaldo para anunciar mudança de partido e muitos já consultaram o PP sobre a possibilidade de abrigo. Prefeitos não precisam de janela partidária para mudar de sigla. No caso dos deputados e vereadores, precisariam de janela partidária ou de uma fusão do PSDB com outra sigla, o que também abriria possibilidade de mudança sem perder o mandato.
Tereza, que já havia demonstrado força ao ser eleita com maioria dos votos para o Senado, se consolidou ao reeleger Adriane Lopes (PP), contra Bolsonaro e o PSDB, inclusive. O feito deu ainda mais força à senadora, que se tornou a madrinha dos sonhos de muitos candidatos.
O próprio governador Eduardo Riedel é muito próximo de Tereza Cristina e não está descartada, inclusive, uma filiação dele ao PP. Oficialmente, ele já foi convidado pelo PSD, de Gilberto Kassab, mas nunca se pronunciou oficialmente sobre possível troca de sigla.
A proximidade de Riedel com Tereza pode, inclusive, abonar essa troca dos prefeitos, já que se mudariam para o partido de uma aliada do governador.
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