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Empresário que enterrou motorista em praça fica 2 dias preso e é solto



Divulgação

A Justiça paulista mandou soltar o empresário Paulo José Peres, de 55 anos, dono da loja “Rei do Queijo”, réu por matar um motorista de aplicativo e enterrar o corpo em uma praça de Campinas, no interior paulista. O acusado, que ficou mais de seis meses foragido, passou dois dias na cadeia.

O alvará de soltura foi cumprido na quarta-feira (28/5) por ordem do juiz Júnior da Luz Miranda, da Vara do Júri da Comarca de Campinas, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

Em vez de mantê-lo na cadeia, o juiz determinou que Paulo José seja monitorado e use tornozeleira eletrônica. O acusado também está proibido de falar com testemunhas sobre o caso e não pode se ausentar da comarca por mais de cinco dias, sem autorização.

Na decisão, o magistrado considerou que o empresário se entregou por conta própria e que a “situação atual” do processo já seria diferente de quando a prisão preventiva foi decretada.

Homicídio

Paulo José é acusado de matar o motorista de aplicativo Jean Carlos Santos Novais, 26, e enterrar o corpo da vítima em uma praça no Jardim Vila Nova, em Campinas, em abril de 2023. À polícia, o empresário confessou o homicídio.

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) afirma que o empresário e Jean Carlos tiveram uma relação empregatícia durante 2022 e o motorista cobrava uma dívida de R$ 50 mil. No dia do crime, a vítima procurou Paulo José em seu estabelecimento, foi levada para o andar superior do imóvel e acabou morta por asfixia.

Em julho de 2023, o juiz de primeira instância negou o pedido de prisão preventiva contra o empresário. O mandado só seria expedido três meses depois, em novembro, por decisão de segunda instância, mas o dono da “Rei do Queijo” já havia sumido.

Sem a presença do réu, a audiência de instrução do caso foi realizada no dia 20 de maio de 2024. Na ocasião, o juiz decidiu que o empresário deve ser julgado no Tribunal do Júri, mas afastou a qualificadora de “motivo fútil”, uma vez que a existência da suposta dívida não teria sido comprovada.

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