A delegada de Polícia Civil, Joilce Ramos, também foi vítima do dono da oficina que aplicava golpes em clientes em Campo Grande. Ela contou ao Jornal Midiamax que tentaram cobrar R$ 2.500 em serviços ‘extras’ dela.
Joilce disse que levou o carro à oficina em meados do ano passado para fazer a troca de pneus e fez alinhamento nos quatro aros, o que deu R$ 1 mil, mas, de acordo com a delegada, a oficina queria cobrar um serviço de cambagem de mais R$ 2,5 mil.
Ela disse que não aceitou o serviço e acabou discutindo dentro do estabelecimento, sendo que os funcionários não queriam descer o carro dela do ‘elevador’ e nem recolocar as rodas no veículo. “Tive de me apresentar como delegada para descerem meu carro”, falou Joilce, que lembra da cena constrangedora na oficina.
“Ficaram quase meia hora tentando me convencer do serviço. Um absurdo”, disse a delegada.
Dono da oficina preso
O dono de uma oficina mecânica, de 62 anos, foi preso pela polícia no início da tarde de segunda-feira (4) após um desentendimento com uma cliente, de 46 anos, em seu estabelecimento no bairro Vilas Boas, em Campo Grande.
A polícia foi acionada para atender a uma ocorrência de estelionato no estabelecimento. Ao chegar ao local, a vítima – acompanhada de advogada – informou que deixou seu carro para que fosse realizada troca de pneus, quando, em certo momento, houve um desentendimento comercial.
As autoridades policiais verificaram o veículo e constataram que o mesmo estava com registro de busca e apreensão. Por isso, ele foi levado para a Defurv (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Furtos e Roubos de Veículos).
Enquanto a equipe aguardava o guincho, o proprietário da oficina, alterado, tentou coagir a equipe dizendo que faria contato com um suposto coronel. Ele teria sido relutante em permitir a remoção do carro de forma pacífica.
Segundo apurado pela reportagem do Jornal Midiamax, o estabelecimento aplicava golpes em seus clientes há algum tempo. Centenas de consumidores relataram no site Reclame Aqui que era cobrado de R$ 3 mil a R$ 4 mil a mais para realizar a troca de pneus.
O cliente deixava o carro e saía do local para aguardar o conserto.
Contudo, ao retornar para buscar o veículo, os funcionários alegavam que teria desempenado a roda e trocado amortecedor, por isso, a pessoa teria que pagar pelo serviço realizado.
Diante dos fatos, o dono do estabelecimento foi preso e levado para a Depac-Cepol, onde prestou esclarecimentos.
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