Depois de registrado o primeiro caso de febre do Oropouche em Campo Grande, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) afirmou que não há foco do mosquito transmissor na Capital até o momento.
"A mulher que teve a doença diagnosticada, contraiu o vírus na cidade de Ilhéus, na Bahia, onde passava férias, no início de junho. Assim que a FO foi confirmada por meio de exame laboratorial, algumas medidas foram tomadas", informou a pasta por meio de nota, na tarde desta sexta-feira (14).
Entre as medidas estão: o CCEV (Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais) foi informada para a realização de bloqueio de transmissão; foram feitas orientações à paciente sobre meios de proteção individual para minimizar a transmissão; o caso segue em monitoramento pela Gerência Técnica de Endemias, CVE; toda a rede de saúde pública e privada do município foi comunicada para identificar, investigar e comunicar casos potenciais no território que se enquadrem na definição de caso.
Febre Oropouche
A Febre do Oropouche é uma doença causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae, transmitido pela picada de mosquitos do gênero Culicoides, principalmente Culicoides paraensis e C.
Existem dois tipos de ciclos de transmissão da doença: silvestre: os animais como bichos-preguiça e macacos são os hospedeiros do vírus; urbano: Nesse ciclo, os humanos são os principais hospedeiros.
O primeiro caso no Brasil foi registrado em 1960, a doença é mais comum na região amazônica, mas também já foram relatados casos na Argentina, Bolívia, Equador, Peru, Panamá e Venezuela. Este ano, 6.207 amostras de sangue deram positivo para a presença do vírus no Brasil, no ano passado foram 835. Junto com Mato Grosso do Sul, outros 16 estados já registraram casos da doença.
Sintomas e tratamento
Os sintomas da FO são bem parecidos com os da dengue e da Chikungunya. O quadro clínico agudo evolui com febre de início súbito, cefaleia (dor de cabeça), mialgia (dor muscular) e artralgia (dor articular). Outros sintomas como tontura, dor retro-ocular, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos também são relatados. Os sintomas duram de 2 a 7 dias, com evolução benigna e sem sequelas, mesmo nos casos mais graves.
O diagnóstico é clínico, epidemiológico e laboratorial, e todo caso deve ser notificado às autoridades em saúde.
Não há tratamento específico para a FO. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico.
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